terça-feira, maio 08, 2007

Ópera é "cultura pop"


O Rigoletto de Verdi, no teatro Guaíra, é a nova ópera que está sendo executada pelo Coral Nova Philarmonia, o Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná. Esta ópera de Giuseppe Verdi (1813-1901) foi baseada numa peça de Victor Hugo "Le Roi S'amuse" que trata de um governante desonroso, de uma aristocracia injusta e insensível. No meio desta trama. Verdi utilizou o personagem já criado por Victor Hugo, o bobo da corte "Rigoletto", que zombava dos abusos do rei e só tinha sua filha como único bem. O rei e um grupo de cortesãos unidos pelo cinismo jogam uma praga sobre Rigoletto que acaba sofrendo com o rapto de sua filha, que todos pensavam que era sua amante, e depois com a morte da própria filha num final dramático típico das óperas italianas.
Vale a pena converir dias 4, 5, 6, 8, 9, 10 de maio de 2007 no Teatro Guaíra.

Ópera
A palavra em italiano, significa obra, trabalho, e foi adotada para definir esse gênero dramático no século XVII na Inglaterra, mas as primeiras foram concebidas em Florença no final do século XVI. Pintores, escultores, músicos, escritores e arquitetos da época estavam empenhados em fazer reviver a cultura clássica greco-latina. Tal esforço ganhou a denominação de Renascimento e corresponde a tal período na história das artes.
A ópera resultou da tentativa de se recriar o estilo do teatro grego, sendo os textos falados, declamados e cantados. Mas a música era essencial para isso tanto quanto as palavras, assim como as ações no palco. Isso definia o caráter dos personagens, estabelecia o ritmo da narrativa, exprimia emoções e criava ou aumentava a tensão dramática.
Pouco a pouco as partes faladas do espetáculo foram cedendo lugar às árias, e toda a atenção do público passou a fixar-se nos cantores. O que as audiências da época queriam encontrar num cantor de ópera era a combinação de desempenho cênico com destreza vocal, a orquestra era para proporcionar aos cantores um acompanhamento discreto e as passagens corais eram sumárias. Em meados do século XVIII, o estilo operístico tomou novos rumos e a norma dos espetáculos inconsequentes em termos de drama e narrativa. Compositores do norte da Europa, liderados por Glück, passam a buscar formas de entreterimento mais próximas do drama musical de hoje do que a ópera seiscentista italiana. A ação passa a ser contínua, e as ária, ao invés de inseridas aleatóriamente nas partituras, começam a integrar as cenas e a serem justificadas por elas.

Grandes compositores e grandes óperas:
Monteverdi - Orfeu (1607), A Coroação de Popéia (1642)
Cavalli - L'Egisto (1643), La Calisto (1651)
Glück - Orfeu e Eurídice (1787), Ifigênia em Aulida (1774)
Mozart - As bodas de Fígaro (1786), Don Giovanni (1787), Cosi Fan Tutte (1790), A Fláuta Mágica (1791)
Bellini - A Sonâmbula (1831)
Donizetti - La Cenerentola (1817)
Giuseppe Verdi - Otelo (1887), Rigoletto (1851)
Bizet - Carmen (1875)
Puccini - La Boheme (1896)

Um comentário:

Felix Moonstomper disse...

Opa e ai cara, aqui é o Felix, que escreveu o texto sobre skinhead reggae no you and me. Eu postei há algum tempo atras esse texto na wikipedia e quando fui acessa-lo esses dias eu vi que tinha sido retirado porque era ''plagio'' do seu blog.
Não sei se foram voces que pediram para retirar mas de qualquer forma vim aqui falar sobre isso.