
"Era madrugada, o prédio estava vazio, sob a luz fria da luminária ele anotava meticulosamente cada coordenada dos finitos pontos da malha rescém terminada. Era uma terapia, ali era o mundo dele, cada um dos pontos estava sob seu domínio, conhecia a fundo seu modelo, ali nada escapava ao seu olhar atento.
Não, ali não haviam problemas sem solução. Cada elemento era formado por pontos e cada um destes tinha seu lugar. Estes pontos se ligavam a outros inumeros pontos e a malha por sua vez formava o modelo completo sem erros, sem distorções.
Conforme a matrizes agora eram forjadas, tudo se encaixava em harmonia. Uma verdadeira coreografia se iniciava, agora as matrizes eram invertidas, operações diferenciais se dissolviam, 'pequenas turbulências que me conduzem ao resultado' segundo ele. Isso sim era certo, não sua vida, não o espaço vazio que ele mesmo havia se tornado, não o elemento perdido, sem contato, sem coordenada.
Foi quando o verdadeiro 'insigth' veio a tona, após avaliar cada parte do todo chegou ao resultado, agora tudo fazia sentido.
Deixou o prédio, voltou a sua casa. Parou junto à porta do quarto de sua filha e pode a ver dormindo tranquilamente, um breve sorriso e se dirigiu ao seu quarto, lá foi recebido com um beijo caloroso. Assim descobriu o seu lugar na malha da vida, ali ele tinha coordenada e rumo certos. Não importando as turbulências, voltas e reviravoltas."
Quando pretende-se resolver um problema de engenharia, inicialmente busca-se um problema matemático associado que possa representar adequadamente a situação física real em estudo. Porém, os casos práticos são complexos, havendo a necessidade da introdução de muitas hipóteses simplificadoras a fim de permitir alguma forma de modelagem matemática que conduza a soluções mais simples. Normalmente o problema recai em solucionar sistemas de equações diferenciais com a imposição de valores de contorno.
O objetivo da análise via Método de elementos Finitos é aproximar, com certo grau de exatidão, os valores das incognitas que representam as soluções das equações diferenciais que governam o problema que estamos lidando. Tal Método reduz a solução de equações diferenciais á solução de um conjunto de equações algébricas simultâneas que podem ser facilmente resolvidas com o uso de computadores.
Interessou-se?
Aqui você pode saber um pouco mais sobre o método. E aqui você irá a página do Grupo de Bioengenharia da UFPR, que vem aplicando vários conceitos de engenharia (como o método dos elementos finitos) às áreas médica e odontológica.
P.S.: A imagem do crânio é formada por uma típica malha de elementos finitos.
6 comentários:
Bonito o texto. Quer dizer, a parte que eu entendi. Porque admito que eu entendi pouca coisa.
Se hoje me mandassem dizer a tabuada, periga eu me enroscar um pouco...
Nobre visitante, então você gostou mesmo do texto? Gostou a ponto de vir até aqui e comentar.
Pois bem, o Blog Doces Delérios (e lógicamente seus 'colunistas') se sentirão honrados em publicar um texto seu, ou quem sabe um desenho hehe.
Enfim sinta-se a vontade, mande sua produção artistica para o meu (recka) e-mail ou para o Emílio, que nós publicaremos aqui.
Oi Recka,
Primeira vez que entro no seu blog... (serei sincera,não tive tempo de ler o texto), mas deixo um alô e um beijo!
Beijos!!!
Esses são os MEUS meninos, MEUS alunos muito especiais, integrando elementos finitos com a vida...
Quem faz parte de quem?
Elementos finitos fazem parte da nossa vida? Ou somos nós que somos meros elementos no meio de um contínuo discretizado adequadamente...
Como já me disseram uma vez, são os meus namorados... Meus olhos brilham... e sou eternamente apaixonada, pelos elementos finitos infinitos, pela vida e por vcs... Obrigada de me darem a oportunidade de, de alguma maneira, contribuir na formação de vcs e alterar um pouco o rumo da vida de vcs...
Ah meu amigo... se a vida fosse tão fácil como resolver sistemas de equações... pif e essas coisas...
Gostei... Grande abraço...
Certo Certo. Como diria o Mestre do Mal (o cara que me dá aula de Robótica/Controle automático): - Então , vc pega essas equações do Capeta, usa nelas a transformada de Laplace, ou a de Fourier, ou a Z , ou faz ali umas transformações homogêneas (dependendo do dia da Semana) e o problema vira algo de equações de Algebrismo Básico. Aquelas coisa simples que vocês deveriam ter visto em cálculo 3, mas vocês não tiverame essa matéria. Mas não se preocupem que isso é simples. Coisa de matemática Infantil.
.
.
.
Sei ¬_¬
.
.
.
É o velho esquema do Jack: vamos por partes...
O ruim é saber por qual braço começar.
Postar um comentário